Tendo como referência a obra de Rildo Cosson “Letramento Literário:
teoria e prática” (2006) planejei está noite a fim de fomentar as discussões
acerca da prática de se levar a leitura literária para a sala de aula. E não
menos importante, nos encharcarmos de muita poesia com o grupo Clube do Livro
Atlântico. Para inicio de conversa, sempre há o momento musical. Momento este
que apreciamos músicas de artistas brasileiros que tem conteúdo em suas letras
e melodias. É a bela fusão da arte entre letra e som, neste caso, de dois dos
maiores expoentes da música brasileira: Chico Buarque e Caetano Veloso. A
apreciar:
Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a Coca-Cola, eu tomo
Você bota a mesa, eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Não tá entendendo quase nada do que eu digo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Traz meu café com Suita, eu tomo
Bota a sobremesa, eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Tem que saber que eu quero é correr mundo, correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Você está sempre aflita
Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a Coca-Cola, eu tomo
Você bota a mesa, eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Não tá entendendo quase nada do que eu digo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Traz meu café com Suita, eu tomo
Bota a sobremesa, eu como
Eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Tem que saber que eu quero é correr mundo, correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo
Esta atividade ainda incluiu comentarmos as nossas sensações geradas ao
entrarmos em contato com a poesia. Após comentários, o integrante do grupo
escolhia uma nova poesia impressa e fazia este mesmo exercício, só que anotando
suas palavras num papel sulfite, colava sua poesia ao lado e realiza um desenho
ou uma colagem. Logo após, nos reunimos em volta de um varal que fiz
anteriormente para declamarmos os poemas, revelar as anotações construídas a
partir das sensações do poema e também, dialogar a respeito do poema... Se a
interpretação foi outra e etc. Terminado esta etapa, o integrante estendia seu
trabalho no varal. Não é sensacional? Está dinâmica (COSSON, 2006, p.133) nos
permite um espaço de divulgação permanente das leituras feitas pelas pessoas e
pode conter tanto o resultado da leitura quanto simplesmente um texto lido para que haja um compartilhamento com o conjunto da turma ou comunidade escolar. Abaixo
algumas fotos.
Posteriormente o varal foi transferido para a sala dos professores para
exposição.
O processo de leitura literária possibilita essa operação maravilhosa que
é o encontro do que está dentro do livro com o que está guardado dentro de
nossa cabeça e do nosso coração. Surge desta articulação múltiplas leituras de
mundo, característica da plurissignificação do texto artístico. Neste sentido,
vivenciamos na prática a teoria da leitura fruitiva, tão presente em nossos
ideais para melhor instigar a formação de leitores integrais na escola.
Para fechar com chave de ouro está reunião do clube do livro, efetuamos
leitura dos capítulos 07 e 08 da obra “Como um Romance” de Daniel Pennac que o
grupo está lendo. Gerando muita discussão sobre as nossas vivencias e relações
que possuímos com os livros. A leitura questiona, e nós enquanto educadores
temos cada vez mais preocupação em entender metodologias para melhor
aproveitamento estético da literatura a fim de expandir nossos limites enquanto
leitores. Tarefa que exige rompimento da nossa zona de conforto, pois “na leitura, é preciso imaginar tudo isso... A leitura é um ato de criação permanente”
(PENNAC, 2011, p 24). Portanto, a literatura nos coloca no deserto que existe
dentro de nós, descortinando estados e sensações que promovem a expressão
crítico/reflexiva. Diferente da passividade que impera nas mídias
pré-congeladas da massa, como a televisão ou livros de
entretenimento/autoajuda.
Professor Bruno Lazzarotto Farias.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirESTOU ADMIRADA COM ESTE TRABALHO! PARABÉNS. BEIJINHOS...
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