“Despertar
no aprendiz interesse pela arte significa colaborar para seu desenvolvimento
integral. As atividades realizadas em grupo são valiosas, pois nessa interação
o aprendiz se apropria de novas informações, se emociona, desenvolve a
imaginação, cria, aprende (VYGOTSKY, 1987) e se socializa”.
Vamos ao encontro das
artes em suas múltiplas facetas. O bom livro nos permite uma conversa sem fim,
pois este se reacende por meio do leitor. Este mais que um mero espectador de
cores, deixa de ser passivo e recria em com seu recheio cultural sua flama e
sentidos a explicar o mundo e o seu. Por este viés, “deixamos contaminar por
outras formas de ver, sentir e ler a realidade” (ARROYO, 2003).
“Conhecemos pela arte”,
assim ofertaram-se momentos de cinema aos nossos educandos e a nós integrantes
do Clube do Livro Atlântico. Para as crianças curtas-metragens reconhecidos e
de qualidade como o “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore” que o Thiago Mano do blog “De2ign” conta que foi “inspirado pelo furacão Katrina, Buster Keaton e “O
Mágico de Oz”, o livro e filme são uma história de amor para as pessoas que
dedicam suas vidas aos livros e como eles retribuem o favor”. E o incrível (e já conhecido por nós, veja nesse link) curta baseado no livro homônimo “A menina que odiava livros”. Além
dessas duas curtas, foram transmitidos dois vídeos de pessoas tocando violino e
piano.
Assista aos Curtas:
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris
Lessmore"
“A menina que odiava livros”
"Piano"
"Violino"
As crianças se
encantaram! E não demorou muito para pipocarem frases. Abaixo algumas
considerações que captei (obrigado Deus, pela qualidade de Ouvir o outro) quando
assistimos ao curta “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris”:
- “A imaginação transforma o homem”.
- “Ele envelheceu, mas o livro não” o
que a outra continuou: - “É mas, depois
o livro deixou ele mais jovem”.
- “Depois ele escreveu o livro dele, então conseguiu voar igual aquela fada de
antes”.
- “O livro criou a menina”.
- “O livro criou a menina”.
- “O livro o fez
dançar. Depois que dançou, ele teve outra vida”.
O curta-metragem d”A
Menina que Odiava Livros” causou uma espécie de “maravilhamento revoltoso”,
porque desde o começo a maioria das crianças expressou que “não tem mesmo como
a menina odiar os livros” ela só “não sabe mais sobre eles” ou não “sabe como
achar eles”. O final, não precisa dizer, condisse com a resposta prematura
deles.
Já os dois vídeos músicas (piano e violino) vieram
para arrepiarmos com o som que nasce das pessoas em atrito com os objetos.
Compartilharam-se experiências musicais entre o grupo, alguns contaram como é
escutar esse tipo de música outros reafirmaram a vontade de voltar a praticar
(seja qual for o instrumento que estava praticando). Por fim, vale ressaltar
aqui, que teremos nessa semana uma apresentação de piano & violino na
escola. Duas meninas muito especiais virão se apresentar para a nossa alegria e
prestígio. Contarei sobre isso aqui no blog logo-logo.
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Foto: Ilustração do livro "A menina que odiava livros". Fonte: Pessoal. |
Algumas fotos que capturam esses momentos:
Foto: Na sala de comunicação. Fonte: Pessoal. |
Foto: Na sala de comunicação também sobra espaço para os livros. Fonte: Pessoal. |
Foto: Depois de assistirmos um curta-metragem, é hora dos livros! Fonte: Pessoal. |
Foto: Momento precioso de somente a criança com o livro! Fonte: Pessoal. |
Foto: Turminha posando para a foto. Fonte: Pessoal. |
Foto: "Tem criança no cineminha??!" :) Fonte: Pessoal. |
Concomitantemente a isso,
o Clube do Livro esta vendo o filme “Madadayo” de Akira Kurosawa e lendo o
artigo de Arroyo, “Uma celebração da colheita”. Sim, “esta”, pois ainda não
terminamos o longa-metragem. Paramos na metade e logo o concluiremos para uma
conversa sobre ele. (Também terá postagem futura e própria aqui no blog,
aguardem).
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Foto: Cena do Curta “The Fantastic Flying Books of Mr. Morris”. Fonte: Blog De2ing |
Esses momentos são esforços empregados para sempre permitir o acesso à arte de qualidade aos nossos educandos em suas diversas pontes de comunicação. E ao final do dia, observá-lo em meio aos livros (sim, a todo o momento estamos com eles) ficou claro para mim o “arejamento” que novos ares permitiram. As crianças exteriorizavam palavras que dava sentido e veemência aos momentos, sem eu (mediador) precisar questionar um só momento: a arte fez isso por mim. Eu capitava esses momentos e redirecionava para ampliar o diálogo sobre, sem “cobrar com juros” como Pennac nos ensinou. Virou uma delícia!
Foto: Galerinha querida! Fonte: Pessoal. |
Foto: Na sala "dos grandões" (Ensino Médio). Fonte: Pessoal. |
Foto: ;-) Fonte: Pessoal. |
Nesse movimento, voltamos nossos olhos às
manifestações artísticas para pensar a prática e viver momentos de
contemplação, tão raros nos dias de hoje de intensa correria. Permitimo-nos
lampejos de devaneios por meio do cinema, que foi trazido à escola sem a pura
pretensão pedagógica. Saciando a nossa fome por narrativas, pela arte (“A ARTE
EXISTE PORQUE A VIDA NÃO BASTA” – Ferreira Gullar), nos humanizando e fazendo
parte da história de um mundo que caminha e narra.
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O poeta Ferreira Gullar. |
Professor Bruno Lazzarotto Farias
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