Como
diz Pierre Bayard (Comment parler dês livres qu’on n’a pás lus?,
Paris, Éditions de Minuit, 2007, pp. 153-5), os livros são uma segunda linguagem,
aos quais recorremos para falarmos de nós mesmos, “um espaço privilegiado para
a descoberta de si”: “O bom leitor opera uma travessia dos livros, sabe que
cada um carrega uma parte dele mesmo e pode mostrar-lhe o caminho, se ele tiver
a sabedoria de não parar por ali [...] a linguagem pode encontrar na travessia
do livro o meio para falar daquilo que geralmente nos escapa”.
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Foto: Uhuuulllll Fonte: Pessoal. |
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Foto: O livro de ilustração que a turminha criou! Fonte: Pessoal. |
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Foto: Felipe nos conta uma história... Fonte: Pessoal. |
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Foto: Um contador de histórias nato! Fonte: Pessoal. |
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Foto: Fonte: Pessoal. |
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Foto: Turminha reunida para ouvir a história. Fonte: Pessoal. |
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Foto: Hora da LEITURA! Fonte: Pessoal. |
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A
leitura literária quando não é encarada como algo imposto, uma história ouvida
– ou uma frase – pode muito rapidamente se tornar parte do indivíduo e, ao
mesmo tempo que mantém uma distância que o protege (também os momentos
ofertados em forma de “Rodas de leitura monitorada”, onde a criança fica
“sozinha” com o seu livro), permite que ele rememore a sua própria história, e
claro, dando margem para recriar um futuro com mais “cante-údo”.
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Foto: Roda de leitura monitorada. Fonte: Pessoal. |
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Foto: Roda de leitura monitorada. Fonte: Pessoal. |
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Foto: Roda de leitura monitorada. Fonte: Pessoal. |
Petit
(2009, p. 95), compara a arte literária como um material que “vivifica” o
leitor, margeando novas fronteiras subjetivas em torno de si: “Os lugares do
texto animam o corpo, e seus deslocamentos, o seu movimento, estabelecem a
construção do psiquismo, ou a sua reconstrução”. Portanto, não é somente um
reconhecimento de si que a literatura permite, mas uma mudança de ponto de
vista, um encontro com a alteridade e talvez uma educação dos sentimentos.
Professor Bruno Lazzarotto Farias
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