domingo, 1 de dezembro de 2013

Apetite de leitor



“Mas ler em voz alta não é o suficiente, é preciso contar também, oferecer nossos tesouros, desembrulha-los na praia ignorante. Escutem, escutem e vejam como é bom ouvir uma história”. (PENNAC, 2011)

Não há melhor maneira de abrir o apetite de um leitor do que lhe dar a farejar uma festa de leitura. Toda hora é hora. Todo lugar é lugar. Começar o momento literário é sempre um acontecimento: as crianças ou os professores se antecipam e preparam seus livros antes mesmos da chegada. E assim, toda ação literária é um começo mediado pela literatura onde cruzamos a fronteira que separa o mundo real que habitamos do mundo que o autor-escultor imaginou. A arte permite-nos “transportar”, como se costuma dizer, na medida em que cada um se torna co-autor da obra. Cada qual com sua maneira de criar, cada qual com sua bagagem cultural. É tempo de ler.

Foto: Literatura & Culinária: um receita de sucesso!
Fonte: Pessoal.

Foto: Crianças do 1º Ano em momento literário.                        Fonte: Pessoal.

Foto: Criança do 3º ano nos contando uma história a partir de um livro de imagens.
Fonte: Pessoal.

Foto: Mesmas imagens + novo sujeito = novas percepções!
Fonte: Pessoal.
 Neste, sentido estimulou-se a leitura mediante diálogos sobre os livros, compartilhamentos de interpretações, sentidos, contações de histórias (uma das novidades ficou por conta dos autores Torero & Pimenta com a obra “Chapeuzinhos Coloridos”), poesias musicadas de Vinicius de Moraes, rodas de leitura monitorada e instante de contemplação acerca da obra literária: arte gráfica, ilustrações, corpo do texto, etc.

Foto: Nós do Clube do Livro Atlântico (infelizmente nem todos puderam comparecer neste dia).
Fonte: Pessoal.

Foto: Crianças do 1º ano em momento literário.                        Fonte: Pessoal.

Foto: Crianças do 2º ano em momento delicioso entre os livros!    Fonte: Pessoal.

Foto: Crianças da educação infantil em momento literário.

Este movimento mantém a flama acesa entre as trocas de relações e crescimento crítico e cultural; humanizamo-nos. Em consequência, ler histórias para uma criança é um gesto simples que, se incorporado ao dia a dia, pode mudar o mundo delas e de todos nós. E enquanto professor, aprendo na medida em que ensino, surgindo possibilidade de treinar constantemente o olhar. As crianças têm muito mais percepções sobre a arte e seus sentimentos do que termos para traduzi-las: sua visão é, a qualquer instante, mais rica, e sua apreensão, constantemente mais aguda, do que sua capacidade imediata, e até absoluta, de produzir vocabulário.
 Portanto, sou grato em poder ser partícipe de um cotidiano tão rico que se constroem na união e em valores sensíveis, assim compreendendo que não é apenas na novidade que está o novo, mas na nova forma de nos aproximarmos de algo já conhecido e perceber mudanças.

=> Se você ainda não viu este filme, precisa ver!
Atenciosamente, Professor Bruno.


REFERÊNCIAS

PENNAC, Daniel. Como um romance. Porto Alegre, RS: L&PM, 2011.

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