sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Qual é a diferença entre ler e contar histórias?



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 Na verdade, um não é melhor que o outro. Ler não é melhor que contar histórias, contar histórias não é melhor que ler: são duas situações diferentes de trabalho com a linguagem. A leitura do livro é interessante para valorizar o suporte, para mostrar de onde vem aquela história, para mostrar como a linguagem está escrita, pois ao ler um livro o mediador/docente se coloca na situação de ler conforme esta escrito, com as palavras do autor. Neste sentido, é um jeito de valorizar a linguagem literária a partir da forma como o autor escreve o texto.

Matilda, 1996.

  Agora, quando a gente faz a opção de contar histórias é um exercício de o mediador improvisar, usar mais elementos da linguagem oral, se colocar em uma situação em que há maior contato visual com as crianças e mais interação – e através dela também há possibilidade de agregar outros elementos da história para torná-la mais rica. Evidentemente sem alterar o enredo original. O que é interessante é que a escola alterne essas duas práticas, que haja momentos em que o mediador faça a leitura, que ele se prepare, apresente o autor, de onde foi tirado aquela história, comentar porque escolheu esta obra, que apresente o objeto livro, pois é um jeito de valorizar o bem cultural que guarda a literatura. E que haja momentos em que o mediador possa contar a história, trazendo de volta a tradição da cultura oral de se narrar as histórias que a gente ouviu, que a gente gosta e que foram transmitidas de geração em geração.  

Contos da mamãe gansa

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 Professor Bruno L. Farias

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