Na
verdade, um não é melhor que o outro. Ler não é melhor que contar histórias,
contar histórias não é melhor que ler: são duas situações diferentes de
trabalho com a linguagem. A leitura do livro é interessante para valorizar o
suporte, para mostrar de onde vem aquela história, para mostrar como a
linguagem está escrita, pois ao ler um livro o mediador/docente se coloca na
situação de ler conforme esta escrito, com as palavras do autor. Neste sentido,
é um jeito de valorizar a linguagem literária a partir da forma como o autor
escreve o texto.
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Matilda, 1996. |
Agora, quando a gente faz a opção de contar histórias é um
exercício de o mediador improvisar, usar mais elementos da linguagem oral, se
colocar em uma situação em que há maior contato visual com as crianças e mais
interação – e através dela também há possibilidade de agregar outros elementos
da história para torná-la mais rica. Evidentemente sem alterar o enredo
original. O que é interessante é que a escola alterne essas duas práticas, que
haja momentos em que o mediador faça a leitura, que ele se prepare, apresente o
autor, de onde foi tirado aquela história, comentar porque escolheu esta obra,
que apresente o objeto livro, pois é um jeito de valorizar o bem cultural que
guarda a literatura. E que haja momentos em que o mediador possa contar a
história, trazendo de volta a tradição da cultura oral de se narrar as
histórias que a gente ouviu, que a gente gosta e que foram transmitidas de
geração em geração.
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Contos da mamãe gansa |
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Professor Bruno L. Farias
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