quinta-feira, 3 de abril de 2014

"Retrato da obra enquanto coisa" parte 1.



Olá! Que bom ver você aqui! Maaaaas.... (parada dramática) antes de continuar, que tal dar uma passadinha neste post aqui ó "Tu bem quisera também saber o que os passarinhos sabem sobre os ventos" [Manoel de Barros] Ele vai ajudar a entender ainda mais esse: são textos que se entendem. 
 Agora sim, vamos as apresentações das obras que estamos visitando com as turmas da Educação Infantil e Fundamental! Para começar... que tal uma autora cujo nome parece forte como um diamante?:



Clarice Lispector era já a autora de livros como Perto do Coração Selvagem, O Lustre, A cidade sitiada, Laços de Família, A maçã no escuro e A paixão segundo G.H. quando o filho Paulo provocou-a com uma pergunta: "por que você só escreve livros para adultos? Nenhum para crianças?"
Clarice "respondeu" logo. Guardou a pergunta e dois anos depois publicava O Mistério do Coelho Pensante (Rocco, 1967). E mais dois anos depois, escreveu a frase numa carta para Paulo: (Rio, 23/2/1969) "Você é o melhor livro que eu jamais escrevi, isso não tem dúvida". Depois do premiado "coelho pensante", de 1967, seguiram-se outros quatro livros infantis:
  • “A Mulher que matou os peixes” – Rocco, 1968
  • “A Vida íntima de Laura” – Rocco, 1974
  •“Quase de verdade” – 1978
  “Como nasceram as estrelas” – doze lendas brasileiras – Rocco, 1987.
A coleção. (:
 Destes títulos, selecionei dois para iniciarmos a jornada com a turma, a saber:
 “A vida íntima de Laura”: o livro conta a história de Laura, a galinha que mais bota ovos em todo o galinheiro, mas que tem o pescoço mais feio do mundo e é burra de dar dó. Compondo uma "personalidade" cheia de nuances para sua personagem, Clarice diverte os pequenos sem subestimar sua inteligência e perspicácia. 
 
Trecho para degustação. [1]

Trecho para degustação. [2]

“O mistério do coelho pensante”: É a história do coelho Joãozinho que fareja idéias com o nariz e adora fugir de sua casinhola todas as vezes que não há comida. A autora cria um suspense ao não revelar como um coelho tão gordo consegue fugir daquelas grades tão estreitas. 
Detalhe do livro. [1]

Detalhe do livro. [2]
Outro livro é o “Cântico dos cânticos” da Angela Lago. O sítio da editora nos revela as seguintes informações:


“No que é considerada a obra-prima de Angela Lago, a autora nos apresenta uma releitura do livro bíblico “Cântico dos Cânticos”, que agora recebe um tratamento gráfico à altura. A edição foi repensada de maneira que mantivesse a circularidade pretendida pela autora neste livro-imagem, podendo ser lida de trás para frente ou de cima para baixo, ora lendo a história do homem ora a da mulher. Para construir esse poema visual, Angela Lago se inspira na estética do mundo árabe, criando ilustrações complexas que causam ilusões de ótica. O toque final é a capa dourada em papel metalizado”.
Detalhe de uma das ilustrações.


Uma busca, um encontro, um desencontro. Confira o trecho do curta de animação do livro de Angela Lago: 

Para irmos conhecendo aos pouquinhos a autora Eva Furnari, selecionei a história do “Pandolfo Bereba” que era príncipe. “Todos sempre esperam que os príncipes sejam lindos, encantadores e perfeitos. Mas Pandolfo Bereba não era lindo, nem encantador e muito menos perfeito. Não era, mas queria que os outros fossem, e isso acabava sendo uma tremenda injustiça, que durou até o dia em que. Este história mostra que príncipe também é gente”. 
A capa do livro. \o/

Detalhe de uma das ilustrações.

O programa “Quintal da Cultura” fez uma contação da obra, confira:


No ano três mil e lá vai virando, a moda é misturar gente com bicho. Ricardo Silvestrin criou um futuro com rimas e muito bom humor, e uma equipe de ilustradores traduziu essa salada genética em imagens. Este é o livro de poesias que estamos visitando. 
A capa do livro.
 O poema deste autor já foi objeto de nosso deleite. Confira "A invenção da dança e a reinvenção do professor". 

Por hoje é só. Logo mais volto contando mais sobre o que estamos vendo: obras do Monteiro Lobato e poesias do Manoel de Barros.
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Referências & outras informações:

Abraços, professor Bruno.




 

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