quarta-feira, 23 de abril de 2014

Uma biblioteca corporal que anda e narra



“De repente senti muita fome. Não de comida, mas de todas as palavras escondidas naquelas estantes. Mas eu sabia que, por mais que eu lesse durante toda a minha vida, nunca conseguiria ler um milésimo de todas as frases que já foram escritas. Sim, pois há tantas frases no mundo quanto há estrelas no céu. E elas se multiplicam e se expandem continuamente, como o espaço infinito.
Mas ao mesmo tempo eu sabia que, a cada vez que eu abrisse um livro, eu veria um pedacinho do céu. Sempre que lesse uma frase, saberia um pouco mais do que antes. E tudo o que leio faz o mundo ficar maior, ficando maior eu também”.
A Biblioteca Mágica de Bibbi Bokken, pág. 148. 

Quem escolhe bem os seus livros estará sempre na melhor das companhias. Neles nos encontramos com os caracteres mais ricos de espírito, mais sábios e mais nobres, que constituem o orgulho e a glória da humanidade. Desta forma - enquanto mediador de leitura - a responsabilidade de ofertar material literário de qualidade aos nossos educandos é pertinente e a pesquisa é constante, de modo a também valorizar a nossa cultura brasileira. 








Neste bimestre o repertório crítico-cultural está sendo ampliado com novas leituras de obras que nos permitem outras experiências estéticas por meio da fruição literária e arte. São elas: “O mistério do coelho pensante” e “A vida íntima de Laura”, ambas de Clarice Lispector, “Cântico dos cânticos” de Ângela Lago, “Pandolfo Bereba” de Eva Furnari, poemas de Ricardo Silvestrin com seus livros “A moda genética” e “Transpoemas” e experimentando saborosamente o incrível universo criado pelo mestre Monteiro Lobato.

Dançando!!! Uhuuulll

Olha o passinho! :D

Recém chegados na sala... Queridos!

Leitura!!!

Escolha dos livros para levar para casa...

Participante especial de histórias...
 
Situações novas, novos desafios que entendem que a leitura é a necessidade básica: o objetivo principal e indispensável à aprendizagem na formação do leitor em todas as disciplinas e níveis de escolaridade. Assim, tivemos muitas novidades surpreendentes, promovemos uniões inusitadas. Sabores entre a arte literária e a arte culinária se mesclaram também: com o livro “As cocadas” de Cora Coralina otimizamos a história com fornadas quentinhas de cocadas que a personagem nos ensinou. Ficou uma delícia e a imersão neste universo mágico mais rico. Já o livro “Chapeuzinhos Coloridos” nos proporcionou um passei com a chapeuzinho cor de abóbora em seu bosque repleto de frutas, pois  a combinação de cores, texturas e cheiros eclodiram numa explosão de sentidos: nos deliciamos com salada de frutas ao lado de personagens tão queridos! 













 Tivemos momentos de cânticos, rimas, trava-línguas, danças e em época de páscoa nada melhor do que história de coelho também. Não é mesmo? A “Menina bonita do laço de fita” veio nos visitar. Assim, pudemos navegar nesta história da Ana Maria Machado como um delicado barquinho de papel: um convite ao leitor a usar a imaginação e explorar este universo e trouxe uma mensagem de consciência de combate ao preconceito. Ouvir, partilhar a palavra poética, explorar os sentidos e as artes em suas diversas manifestações tem sido constante em nosso cotidiano com as crianças que se pretende bonito, ético e saudável. Lendo, fazemos turismo sem sair do lugar. Uma lição de amor!


Atenciosamente, Professor Bruno.
 

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