segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vivências compartilhadas & Contação de histórias

Ah, como é fabuloso para a constituição de qualquer criança (e também adulto!) ouvir muitas, muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da construção para ser um leitor, e ser leitor é ter trajetos absolutamente infinitos de (re)descoberta e de compreensão do mundo.  Esse momento também pode ser partilhado dentro de um espaço escolar que consiga balizar com o mundo da leitura, onde estar em contado constante com narrativas literárias é viver “feliz para sempre”, é poder gargalhar, rir, sorrir com as situações vividas pelas personagens, com a ideia do texto, com o jeito de escrever do autor e, então, permitir-se ser um pouco cúmplice desse momento de divertimento e fruição.
Situações como essas foram experimentadas e exploradas a fim de provocar os ânimos da imaginação e sensibilizá-los para o mundo da leitura nesta tarde. Com o ambiente devidamente preparado e livros previamente selecionados para despertá-los para este encantamento, realizou-se contações das histórias de “Chapeuzinho Amarelo” de Chico Buarque, “A festa no Céu” de Ângela Lago e até arriscou-se um duo poético de professores com o livro “Poesia na Varanda” de Sonia Junqueira. 
Foto: Momento de preparação para ouvir histórias.                  Fonte: Pessoal.


Foto: Declamação de poesias com a prof ª Mayara e o prof. Bruno.    Fonte: Pessoal 
Foto: Música cantada e dança entre uma contação e outra.     Fonte: Pessoal. 



Na infância está a experiência poética do sempre. O escritor e ilustrador Ziraldo, criador do Menino Maluquinho, nos alerta para o fato de que a escola tem que apresentar à criança o infinito que ela tem dentro de si e a leitura literária pode ser o passaporte para a descoberta dos tantos mundos que habitam em nós mesmos. Neste sentido, para permitir um melhor diálogo entre o leitor e o texto, proporcionaram-se momentos de vivências dos alunos com os livros por meio da roda de leitura monitorada. Esta situação é valorizada, respeitada e entendida tão somente como momento do sujeito e a obra, sem interferência direta do mediador na intimidade fruitiva entre o objeto artístico e o educando. Assim sensibilizando-os e instigando os sentidos, além de 

“mostrar à criança que o que ouviu está impresso num livro (se for o caso...) e que ela poderá voltar a ele tantas vezes quanto queira (ou deixa-lo abandonado pelo tempo que seu desinteresse determinar...). E quando a criança for manusear o livro sozinha, que folheie bem folheado, que olhe tanto quanto queira, que explore sua forma, que se delicie em retira-lo da estante (encontrando-o sozinha, em casa ou na escola), que vire página por página ou que pule algumas até reencontrar aquele momento especial que estava buscando... (mesmo que ainda não saiba ler, ela o encontra... e fácil)” (ABRAMOVICH, 2010. P. 17).

 Então, os meninos e meninas do maternal tocaram, pegaram, morderam os livros, se surpreenderam com as ilustrações, folhearam (também de cabeça para baixo), se enjoavam de livro e trocavam, alguns tiraram folhas e outros ainda “reinventaram” a história a sua maneira. Depois se dispensaram, e foram logo-logo com suas bolsinhas escritas “Era uma vez...” retirar um dos livros da estante para levar para casa. E depois mais surpresa! A MIMI apareceu para levá-los da biblioteca onde se encontravam para a sala de aula. Ah, Mimi é uma serpente colorida enorme! E ajuda a profe Débora  a seguir viagem com a criançada. Foi um prazer e alegria conhecer a Mimi... espero que ela venha mais vezes para  nossas contações... 

Foto: Roda de leitura monitorada.                                               Fonte: Pessoal. 
Foto: Roda de leitura monitorada.                                                Fonte: Pessoal. 
Foto: Alunos e suas "bolsas mágicas" para carregar livros.     Fonte: Pessoal. 
Foto: Alunos, professora e a Mimi.            Fonte: Pessoal. 
 
Professor Bruno Lazzarotto Farias.

Um comentário:

  1. Você é um tesouro. Amo saber que convivo neste mundo maravilhoso da leitura e nesse planeta hoje contigo e as suas maravilhosas maneiras de cativar com as palavras. Amei as bolsas mágicas para carregar livros. Sucesso!!!!!!
    Anailde.

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