Ah, como é fabuloso para a constituição de qualquer criança (e também
adulto!) ouvir muitas, muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da
construção para ser um leitor, e ser leitor é ter trajetos absolutamente
infinitos de (re)descoberta e de compreensão do mundo. Esse momento também pode ser partilhado dentro
de um espaço escolar que consiga balizar com o mundo da leitura, onde estar em
contado constante com narrativas literárias é viver “feliz para sempre”, é
poder gargalhar, rir, sorrir com as situações vividas pelas personagens, com a
ideia do texto, com o jeito de escrever do autor e, então, permitir-se ser um
pouco cúmplice desse momento de divertimento e fruição.
Situações como essas foram experimentadas e exploradas a fim de provocar
os ânimos da imaginação e sensibilizá-los para o mundo da leitura nesta tarde. Com
o ambiente devidamente preparado e livros previamente selecionados para
despertá-los para este encantamento, realizou-se contações das histórias de
“Chapeuzinho Amarelo” de Chico Buarque, “A festa no Céu” de Ângela Lago e até
arriscou-se um duo poético de professores com o livro “Poesia na Varanda” de
Sonia Junqueira.
Foto: Momento de preparação para ouvir histórias. Fonte: Pessoal.
Foto: Declamação de poesias com a prof ª Mayara e o prof. Bruno. Fonte: Pessoal
Foto: Música cantada e dança entre uma contação e outra. Fonte: Pessoal.
Na infância está a experiência poética do sempre. O
escritor e ilustrador Ziraldo, criador do Menino Maluquinho,
nos alerta para o fato de que a escola tem que apresentar à criança o infinito
que ela tem dentro de si e a leitura literária pode ser o passaporte para a
descoberta dos tantos mundos que habitam em nós mesmos. Neste sentido, para
permitir um melhor diálogo entre o leitor e o texto, proporcionaram-se momentos
de vivências dos alunos com os livros por meio da roda de leitura monitorada.
Esta situação é valorizada, respeitada e entendida tão somente como momento do
sujeito e a obra, sem interferência direta do mediador na intimidade fruitiva
entre o objeto artístico e o educando. Assim sensibilizando-os e instigando os
sentidos, além de
“mostrar à criança
que o que ouviu está impresso num livro (se for o caso...) e que ela poderá
voltar a ele tantas vezes quanto queira (ou deixa-lo abandonado pelo tempo que
seu desinteresse determinar...). E quando a criança for manusear o livro
sozinha, que folheie bem folheado, que olhe tanto quanto queira, que explore
sua forma, que se delicie em retira-lo da estante (encontrando-o sozinha, em
casa ou na escola), que vire página por página ou que pule algumas até
reencontrar aquele momento especial que estava buscando... (mesmo que ainda não
saiba ler, ela o encontra... e fácil)” (ABRAMOVICH, 2010. P. 17).
Então, os meninos e meninas do maternal tocaram, pegaram, morderam os livros, se surpreenderam com as
ilustrações, folhearam (também de cabeça para baixo), se enjoavam de livro e
trocavam, alguns tiraram folhas e outros ainda “reinventaram” a história a sua
maneira. Depois se dispensaram, e foram logo-logo com suas bolsinhas escritas
“Era uma vez...” retirar um dos livros da estante para levar para casa. E
depois mais surpresa! A MIMI apareceu para levá-los da biblioteca onde
se encontravam para a sala de aula. Ah, Mimi é uma serpente colorida enorme! E
ajuda a profe Débora a seguir viagem com a criançada. Foi um prazer e
alegria conhecer a Mimi... espero que ela venha mais vezes para nossas
contações...
Foto: Roda de leitura monitorada. Fonte: Pessoal.
Foto: Roda de leitura monitorada. Fonte: Pessoal.
Foto: Alunos e suas "bolsas mágicas" para carregar livros. Fonte: Pessoal.
Foto: Alunos, professora e a Mimi. Fonte: Pessoal.
Professor Bruno Lazzarotto Farias.
Você é um tesouro. Amo saber que convivo neste mundo maravilhoso da leitura e nesse planeta hoje contigo e as suas maravilhosas maneiras de cativar com as palavras. Amei as bolsas mágicas para carregar livros. Sucesso!!!!!!
ResponderExcluirAnailde.